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Ecorodovias vence leilão da Ponte Rio-Niterói com deságio de 36%

Rio de Janeiro 18/03/2015

A Ecorodovias arrematou nesta quarta-feira (18) a concessão da Ponte Rio-Niterói e será a nova administradora do trecho da BR-101 pelos próximos 30 anos. A empresa ofereceu um preço de pedágio de R$ 3,28442 – 36,67% menor que o máximo fixado pelo governo.
Na prática, o leilão significa que o preço do pedágio ficará mais barato para o motorista. Hoje, a tarifa é de R$ 5,20. Segundo o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, com a nova proposta, o preço do pedágio na ponte cai para R$ 3,70 a partir de 1º de junho.

O ministro dos Transportes explicou que, embora a proposta da Ecorodovias tenha sido de tarifa de pedágio de R$ 3,28, o teto de referência do leilão era um preço de janeiro de 2014. Com o ajuste (calculado a partir da variação do IPCA no período), a tarifa inicial foi estimada, então, pelo governo em R$ 3,70.
O contrato da concessionária atual, CCR, termina no dia 31 de maio. A Ecorodovias começará a atuar em conjunto com a CCR a partir do dia 17 de maio e assumirá integralmente a administração, manutenção e obras a partir do dia 1º de junho.
"Quando a nova concessionária assumir, o pedágio será de R$ 3,70", disse Rodrigues.
Os representantes do governo avaliaram o resultado do leilão como um "sucesso" e uma "vitória para a população".

Retomada
A segunda melhor proposta foi do consórcio Nova Guanabara, que ofereceu a tarifa de R$ 3,359, com deságio de 35,23%. A CCR, atual concessionária da Ponte, que disputou a relicitação participando do consórcio Ponte, propôs a tarifa de R$ 4,2423, com desconto de 18,20%
Com o leilão desta quarta, o governo retoma o programa de concessões de trechos de rodovias à iniciativa privada. O último leilão de rodovia federal foi o da BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO), realizado em maio do ano passado e arrematado pela Galvão Engenharia.

Ecorodovias
Diferentemente dos últimos, o leilão da Ponte Rio Niterói não contou com empréstimo pré-aprovado pelo BNDES.

A Ecorodovias informou que os investimentos nos primeiros anos serão feitos com capital próprio e pela receita gerada pelo pedágio, e que a partir do 3º ano buscará financiamento no mercado.

Apesar do lance bem mais agressivo que o dos demais concorrentes, a empresa disse que a proposta foi “justa e viável". “Estamos absolutamente confortáveis”, disse Marcelino Rafart Seras, destacando que não “não tem mais doido” no mercado.

A Ecorodovias, que tem ações negociadas na Bovespa, tem entre os seus principais ativos a administração do sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo. “Somos a maior concessionaria em termos de pontes, viadutos e túneis no Brasil. Temos uma ampla experiência em manutenção e as construções que estão sendo colocadas são extremamente simples”, disse o executivo.

Perto das 13h, a ação da Ecorodovias estava entre as principais quedas do Ibovespa, com baixa de mais de 4%.

Veja as seis propostas apresentadas
1ª Proposta
Ecorodovias Infraestrutura e Logística S.A
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,28442 (deságio de 36,67%)
2ª Proposta
- TPI - Triunfo Participações e Investimentos S.A.
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,86999 (deságio de 25,37%)
3ª Proposta
- CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais Ltda.
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,07895 (deságio de 21,34%)
4ª Proposta
- Consórcio Ponte (CCR S.A e CIIS - Companhia de Investimentos em Infraestrutura e Serviços)
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,24230 (deságio de 18,2%)

5ª proposta
- Consórcio Nova Guanabara (A. Madeira Indústria e Comércio Ltda; Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.; Urbesa Administração e Participações Ltda.; e Rio do Frade Empreendimentos Ltda)
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,35900 (deságio de 35,23%)

6ª Proposta
- Infra Bertin participações S.A.
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,14170 (deságio de 20,13%)
“Conseguimos ter redução significativa da tarifa incluindo obras essenciais para o Rio de Janeiro com um volume muito grande de investimentos”, disse Jorge Bastos, diretor-geral da ANTT, avaliando que as obras ajudarão a reduzir o trânsito e o fluxo da ponte.
Regras do leilão
Pelas regras do leilão, venceria quem apresentasse proposta de menor preço de pedágio, cujo teto foi fixado pelo governo em R$ 5,18620, a preços de janeiro de 2014.

Atualmente a ponte é administrada pela CCR (controlada pelos grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido), cujo contrato de concessão vence em maio deste ano.
Esta é a primeira concessão de rodovia federal a ser concedida novamente.
Com 13,2 quilômetros de extensão, a Ponte Rio-Niterói foi concedida pela primeira vez à iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 1º de junho de 1995, por 20 anos. A licitação foi a pioneira da 1ª etapa do programa de concessões rodoviárias.
Segundo a ANTT, o fato de se tratar de uma concessão consolidada e, por isso, de fácil análise, favorece a disputa pelo projeto, uma vez que a demanda já está definida, implicando a redução dos riscos.
Por ano passam pela Ponte mais de 56 milhões de veículos. Diariamente são 151 mil veículos circulando pelo trecho nos dois sentidos.

Fonte: G1