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Desafios para modernizar e qualificar a gestão do SUS

Rio de Janeiro 08/10/2015

A primeira palestrante a tratar do tema foi a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems-RJ), Maria da Conceição de Souza Rocha. Ela avalia que ampliar o acesso e qualificar o serviço são fundamentais para a evolução do sistema de saúde. “Embora esteja alicerçado em princípios e diretrizes próprios de um sistema integrado, atualmente o SUS é um sistema extremamente fragmentado de atenção à saúde”, lamentou Conceição.

Para a debatedora, a população brasileira tem que definir qual SUS deseja: um sistema pobre para pobres ou um SUS de todos para todos. “Claro que o segundo modelo exige planejamento e financiamento, e hoje os municípios estão esgotados”, explicou. Assim, na opinião de Conceição, o que resta aos gestores é aumentar a eficiência do gasto público, aliada à regionalização e modernização do sistema e à implantação de um plano de redes de atenção à saúde.

Para Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional da Saúde (Conasems), é preciso ficar atento aos projetos que tentam extinguir o Sistema Único de Saúde. “A redução de orçamento vivenciada agora pelo SUS significa não só a perda de qualidade, mas o corte de serviços”, alertou. Diante desse quadro, o Conasems pede a defesa do orçamento do Ministério da Saúde e a volta da CPMF, entre outras ações. “Nisso tudo, é preciso envolver a população nas discussões”, ressaltou.

O debate foi encerrado por Felipe dos Santos Peixoto, secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Ele lembrou as dificuldades orçamentárias comentadas pelos palestrantes anteriores e elogiou a possibilidade de recriação da CPMF, agora compartilhada entre estados e municípios. “Claro que ninguém quer, nesse momento de crise, pagar mais impostos. Mas o financiamento da saúde não se sustenta no modelo atual”, enfatizou.

Outros problemas levantados pelo secretário foram a concentração de médicos em algumas regiões (gerando carência em outras) e o fato de que a maioria dos hospitais têm menos de 150 leitos (o que reforça a necessidade de regionalização da saúde). “Sugiro aos prefeitos que aproveitem o momento de crise e observem com olhar clínico todas as despesas que têm nas unidades de saúde municipais, pois sempre há algum gasto a cortar”, propôs Peixoto.

 

5º Congresso Fluminense de Municípios / Aemerj
assessoria de imprensa