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Gestores cariocas conhecem a campanha Viva seu Município e prometem se mobilizar

Rio de Janeiro 24/02/2016

No Rio de Janeiro não é diferente. A crise também afeta as finanças municipais. É o que revelam os gestores participantes do Ação Municipalista. O evento foi realizado no último dia 23 de fevereiro, na capital carioca, e contou com a participação de prefeitos, secretários e autoridades, incluindo a presença do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão.

A prefeita de Angra dos Reis (RJ), Conceição Rahba, foi a primeira a chegar. Em entrevista para a Agência CNM, ela explicou que não queria perder um minuto sequer da programação. A gestora também revelou quais são os temas prioritários em sua cidade hoje.

"Estou bastante preocupada, principalmente com a questão da saúde que nós dependemos de verbas estaduais e federais. Com esse contigenciamento todo do governo federal, a gente vem tendo que assumir os serviços sem a contrapartida necessária", explanou. Conceição conta ainda que precisou rever todo o sistema de saúde, considerado por ela o local que reúne a maior demanda.

Ela mencionou que o desemprego também tem afetado Angra dos Reis. "Angra é uma cidade que tem um potencial turístico, mas não foi pensada para viver e explorar o turismo. Antes vivia-se das grandes estatais que estão dentro da cidade. Com o desaquecimento do setor, os serviços foram diminuindo", revela.

Quando perguntada sobre como ela pretende lidar com o momento de crise, a gestora foi clara: "estou tentanto fazer o monitoramento da cidade, equacionar as despesas, mas vai ser com muito sofrimento".

Outra cidade, mesma realidade

A aproximadamente 300 quilômetros de Angra dos Reis, fica o Município de Cantagalo. Apesar da distância, o cenário por lá é bem parecido. O prefeito da cidade de Cantagalo, Saulo Gouvea, foi o segundo gestor a chegar no evento e também explicou que tem lidado com os efeitos da crise.

"Cantagalo deixou de arrecadar quase R$ 10 milhões no ano passado", afirmou. Para ele, o montante faz bastante falta uma vez que o orçamento do Município é de R$ 80 milhões. Outro fator que agrava ainda mais a situação dos cofres municipais é o subfinanciamento dos programas pactuados com a União.

Sobre esse assunto, Saulo explica: "hoje nós temos vários convênios assinados com o governo federal, o governo estadual, mas os repasses não vêm somando forças. A crise atingiu a todos", desabafa. O gestor acrescentou que nos últimos anos tem feito "a manutenção da máquina pública pura e simplesmente, tentando vislumbrar dias melhores".

Viva seu Município

Durante o Ação Municipalista, os gestores puderam perceber que essa realidade é compartilhada por diversos outros Municípios no Rio deAg. CNM Janeiro e em outros estados. Em um dos paineis, o diretor executivo da CNM, Gustavo Cezário, apresentou a campanha Viva seu Município e convidou o grupo a participar do movimento.

Lançada em 2014, a iniciativa busca engajar os gestores municipais na luta para que as autoridades e a imprensa conheçam os verdadeiros motivos da crise. Desde então, a campanha tem sido realizada todos os anos. Este ano, o slogan traz: "gestão e população unidos contra a crise", um apelo para que a comunidade também compreenda a falência dos Municípios.

A Confederação orienta os gestores que promovam reuniões, dialoguem com a comunidade e convoquem coletivas de imprensa para falar sobre a crise. Os prefeitos cariocas gostaram da proposta e prometeram se mobilizar. Se o seu Município também deseja fazer parte da campanha, acesse o site e confira as orientações.

Saiba mais sobre como aderir à campanha aqui

Fonte: CNM